Gostaríamos de compartilhar os destaques da CARTA MENSAL AWARE ref. abril/2023. 

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Internacional 

  Abril foi marcado por um ligeiro sentimento de alívio, após o arrefecimento das preocupações com os bancos regionais americanos;

  Diante de indicadores da atividade aquém, vimos fortes sinais de desaceleração da economia mundial, principalmente após a divulgação do PIB americano, bem abaixo do consenso;

  Nos EUA, estamos vendo um setor bancário enfraquecido diante do aperto nas condições monetárias, principalmente os bancos regionais, um mercado de trabalho forte e uma inflação persistente;

  China segue em intensa recuperação, com forte crescimento do PIB em 4,5% no 1T. 

Brasil 

  No Brasil, tivemos a entrega do arcabouço fiscal a Câmara e a intensificação dos movimentos do Governo para elevar a arrecadação estão cada vez mais aparentes;

  Como esperado, o Presidente segue estreitando as relações diplomáticas com diversos países mundo a fora, com destaque para os inúmeros acordos feitos com os chineses;

  Outro destaque vai para o lento processo de desinflação, em linha com a resiliência nos preços de serviços.

Bolsas | Juros & Câmbio 

  Para o mercado brasileiro, vimos um arcabouço que trouxe maior previsibilidade para o mercado acionário no restante do ano, além da divulgação dos dados do IPCA, que gerou forte reação positiva no período;

  Mês marcado pela antecipação do mercado aos dados do PIB americano, cuja percepção se traduziu em um cenário de recessão econômica e uma precificação de queda dos juros, impulsionando as bolsas globais.

Perspectivas

  No cenário doméstico, entendemos que o futuro do governo está nas mãos do arcabouço fiscal que sairá do Congresso Nacional, após proposta deixar certa apreensão ao mercado, principalmente por deixar de fora alguns gastos estratégicos para o governo, vincular o crescimento dos gastos ao aumento de receitas, e por não estipular uma punição clara aos gestores que não cumprirem a regra fiscal. O mercado seguirá cauteloso, esperando o que de fato será a nova âncora fiscal, e em paralelo, corre uma certa preocupação com a CPMI. O que é de consenso dos analistas, é que o Brasil está cada vez mais próximo de iniciar o ciclo de queda de juros, e que esse fato combinado com uma regra fiscal forte, tende a causar um impacto positivo nos ativos de renda fixa e renda variável, e valorização do Real frente ao Dólar;

  Em âmbito global, o mês nos mostrou um cenário que se aproxima do fim do ciclo de alta de juros e uma recessão à frente nos EUA e nos países da UE. Entendemos também que a retomada das atividades econômicas da China deve gerar efeitos positivos mais claros na Europa e na Ásia, e suavizar o cenário adverso previsto.