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Festival de cinema de Berlim junta três novas produções portuguesas
Em comunicado divulgado hoje, a organização do festival que vai acontecer na capital alemã entre 10 e 20 de fevereiro lembra que a seleção para o evento mostra que, “por muito que a pandemia tenha paralisado as vidas das sociedades, realizadores por todo o mundo não perderam nenhuma das suas capacidades de invenção e desejo artístico”.
As novidades hoje anunciadas incluem a coprodução luso-brasileira “Mato Seco em Chamas”, de Adirley Queirós e Joana Pimenta, que a organização do festival rotula de “ficção imbuída de documentário” e que conta uma história passada em 2013, sobre as ações de um grupo de mulheres que assumem o controlo de pequenas redes de tráfico de droga, na periferia de Brasília, depois de os seus companheiros serem presos.
“Sua disputa por poder económico, simbólico e territorial lentamente se transforma numa guerra. Elas clamam espaço para o corpo feminino periférico e seus próprios códigos de ação. Elas são o mapa de um novo território”, pode ler-se na sinopse disponível no ‘site’ do evento BrLab, onde a produção marcou presença em 2015.
Na mesma secção vai estar também “Terra que marca”, de Raul Domingues, que, tal como as demais produções portuguesas, fará a sua estreia mundial em Berlim.
Em “Terra que marca”, “a câmara percorre o solo, assimilando sulcos, cursos de água e jovens plantas”, segundo a sinopse da Berlinale, que acrescenta: “Pode não ser um idílio rural, mas uma observação tão precisa da matéria exerce uma atração hipnótica”.
De Rita Azevedo Gomes, que assim regressa a Berlim, vai estar na secção Fórum “O trio em mi bemol”, com Rita Durão, Pierre Léon e Ado Arrieta.
Em dezembro, tinha sido anunciado pela Berlinale que os filmes “Super Natural”, do realizador português Jorge Jácome, e “Nada para ver aqui”, de Nicolas Bouchez, com coprodução portuguesa, tinham sido selecionados.
“Super Natural”, com produção da Ukbar Filmes, fará parte do programa Fórum, dedicado a filmes mais experimentais e transversais entre géneros.
Nas curtas-metragens estará o filme “By Flávio”, do realizador português Pedro Cabeleira, enquanto as obras “Aos dezasseis”, de Carlos Lobo, e “Juunt Pastaza entsari”, de Inês T. Alves, estarão na competição “Generation” do festival.
Fonte: Notícias ao minuto
- Publicado a 17 de Janeiro de 2022
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