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Em Lisboa, Lula prometeu mais investimento brasileiro em Portugal

Neste 22 de abril, o Presidente brasileiro disse, após um encontro como o seu homólogo, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, que a relação entre o Brasil e Portugal “vai melhorar” e prometeu “mais investimento brasileiro” para o país.

 

“Muitas vezes nós pecamos por não conversar”, começou por salientar Lula da Silva, prometendo de seguida que agora as autoridades dos dois países vão conversar mais e pôr os empresários brasileiros e portugueses a dialogar, porque “Portugal e Brasil têm um potencial extraordinário para aumentar o fluxo comercial”, sublinhou.

 

Mas para isso “é preciso que a gente seja mais ousados” e é preciso “que tanto os nossos empresários, quanto os nossos ministros conversem mais e discutam mais e projetem perspetivas de futuro no financiamento das nossas indústrias”, frisou.

 

E dirigindo-se ao Presidente da República português Lula da Silva disse: “o meu país tem dedicado especial atenção à promoção do crescimento” e nessa tarefa “Portugal tem sido um parceiro especial. São poucos os países no mundo com os quais temos tanta equidade e valores comuns”.

 

Lembrando que os portugueses, “nas mais diversas situações, sempre apostaram no Brasil, Lula da Silva disse que iria empenhar-se em compensar tudo isto, trazendo “mais emprego e investimento brasileiro para Portugal” e permitindo mais “investimento português no Brasil”.

 

Por isso, comentou que “tem muitas expectativas em relação ao fórum empresarial que decorrerá no Porto na segunda-feira, no âmbito desta sua visita oficial, e que permitirá encontros entre empresários brasileiros e portugueses.

 

Luiz Inácio Lula da Silva, que tomou posse como chefe de Estado do Brasil em janeiro deste ano, falou ainda dos desafios que os dois países tem para enfrentar e que “devem ser partilhados”, referindo-se concretamente a uma extrema direita crescente, da necessidade de tornar o português “língua oficial das Nações Unidas”, do combate às alterações climáticas, em que Portugal e Brasil também podem estar juntas nesta luta e da importância de mudança no Conselho de Segurança das Nações Unidas, para que este conte com mais países e continentes.

 

Nas declarações aos jornalistas, os dois presidentes mostraram entendimento em relação a vários aspectos e uma grande cumplicidade e informalidade.

 

 

25 de Abril

Os presidentes do Brasil e de Portugal desvalorizaram hoje a não participação de Lula na sessão parlamentar comemorativa do 25 de Abril, manifestando-se satisfeitos com a solução encontrada de uma sessão de boas-vindas na mesma manhã.

 

Lula da Silva e Marcelo Rebelo de Sousa foram questionados sobre este tema em conferência de imprensa, no Palácio de Belém, em Lisboa, quando o Presidente do Brasil manifestou ainda assim “muita alegria” por poder associar-se às comemorações do Dia da Liberdade em Portugal, mesmo que numa sessão de boas-vindas à parte.

 

“Fui convidado para participar da comemoração da Revolução dos Cravos. E é com muita alegria que vou participar. É com muita alegria, seja de manhã, à tarde. Só espero que não seja à noite, o restante eu posso participar tranquilamente”, respondeu.

 

Quanto ao motivo pelo qual não ficará para assistir, logo a seguir, à sessão solene comemorativa do 25 de Abril na Assembleia da República, Lula da Silva disse que a sua agenda “é feita com muita antecedência”, que não houve nenhuma mudança “de última hora”, e salientou que irá nesse dia iniciar uma visita a Espanha.

 

Por sua vez, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a defender que há uma “ligação óbvia” entre o Brasil, “primeiro exemplo de independência, de descolonização em relação a Portugal”, em 1822, e o 25 de Abril de 1974 “um processo de descolonização de que nasceram outros Estados de língua oficial portuguesa”.

 

O chefe de Estado português argumentou que “o fundamental é que ficasse claro que havia essa ligação” e sustentou que “fica claro, quando é no dia 25 de Abril, é nesse dia, que coincidem a sessão de recepção ao Presidente Lula e depois a sessão que é a tradicional de celebração interna do 25 de Abril”.

 

No seu entender, encontrou-se “uma fórmula inteligente e feliz” de resolver o assunto.

 

Em fevereiro, João Gomes Cravinho disse expressamente que a ideia era ter o Presidente do Brasil a discursar na sessão comemorativa do 25 de Abril, o que seria inédito, nenhum chefe de Estado estrangeiro interveio nesta cerimônia anual, e gerou polêmica, por se tratar de uma cerimônia da responsabilidade do parlamento, que ainda não estava acertada.

 

Em setembro do ano passado, Marcelo Rebelo de Sousa discursou no Congresso brasileiro, em Brasília, na sessão solene comemorativa dos 200 anos da independência do Brasil.

Fonte: Mundo Lusíada

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