Notícias

You are here:

Em Portugal, investidores estrangeiros participam de roadshow sobre Infraestrutura brasileira

O roadshow Brasil Transport Invest – Portugal, em Lisboa. Foto MT/Gov

Durante roadshow Brasil Transport Invest – Portugal, em Lisboa, delegação chefiada pelo ministro dos Transportes apresentou destaques do portfólio brasileiro de concessões a fundos de investimento, operadoras, concessionárias e representações diplomáticas da União Europeia.

 

A expectativa do mercado internacional sobre os novos projetos brasileiros de rodovias e ferrovias está em alta, segundo a avaliação da comitiva do Governo Federal que participou, nesta sexta-feira (22), de rodada de negócios com interlocutores em Portugal. Por três dias, a delegação liderada pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, conheceu a experiência portuguesa em inovações tecnológicas e sustentabilidade na área de infraestrutura, apresentou a nova política de concessões rodoviárias e ferroviárias desenvolvida pela atual gestão federal e detalhou os principais projetos brasileiros aos grandes investidores da Europa.

 

Na sexta, durante o roadshow Brasil Transport Invest – Portugal, em Lisboa, o ministro Renan Filho destacou que o interesse dos grandes operadores do bloco europeu, sobretudo de países como Espanha, Itália e Portugal, ocorre a partir das características dos projetos do Brasil, que trazem excelentes condições de investimento e não passam despercebidas. “A infraestrutura brasileira, se bem desenvolvida, pode reduzir o conflito entre produção e preservação, e isso é uma agenda que garante financiamento”, afirmou o ministro.

 

O roadshow reuniu mais de cem interlocutores de cerca de 40 grupos distintos – entre fundos de investimentos, operadores, concessionárias, entidades financeiras e de representação jurídica, empresarial e diplomática. “O mundo volta a olhar para nós: as maiores construtoras portuguesas têm interesse em ampliar investimentos no Brasil, os estrangeiros querem retomar investimentos no país e têm muita expectativa sobre o que estamos lançando”, sublinhou Renan Filho.

 

Segundo defendeu o governo, investir no Brasil trazr Pojetos rentáveis, demanda crescente por transportes de cargas e passageiros, um dos maiores produtores de alimentos do mundo, garantindo a segurança alimentar à comunidade internacional e preocupação com a preservação ambiental e com a Amazônia.

 

Segundo o ministro dos Transportes, essas características abrangem temas muito relevantes mundo afora e conectam o Brasil à agenda internacional. “Por onde passamos, observamos que os projetos oferecidos e apresentados pelo Brasil têm a atenção dos investidores. E acreditamos que cada vez mais vamos receber mais recursos internacionais para somarmos aos recursos garantidos pelo governo”, reforçou Renan Filho, em referência à retomada de investimentos proposta pelo Novo PAC, que prevê R$ 280 bilhões (€ 53 bi) em investimentos nos modais ferroviários e rodoviários nos próximos anos.

 

Concessões

Sob os moldes da nova modelagem de concessões do setor de transportes, o interesse do mercado estrangeiro nos projetos brasileiros foi confirmado com o primeiro leilão rodoviário da gestão, em 25 de agosto, quando o Lote 1 do sistema rodoviário do Paraná foi concedido à iniciativa privada. “No primeiro leilão que fizemos, já conseguimos captar recursos para a infraestrutura rodoviária dos fundos soberanos. O Grupo Pátria, vencedor da disputa, recebeu recursos dos fundos da Arábia Saudita, que é um dos principais detentores de capacidade de investimento do mundo, e também de Cingapura”, completou Renan Filho.

 

A ideia com a nova política de concessões do setor é trabalhar nos eixos da governança para conseguir chegar a editais cada vez mais padronizados e com maior potencial de atrair investimentos, como explicou o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro. “Já avançamos muito, mas estamos desenvolvendo projetos ainda mais equilibrados, para que consigamos cumprir a grande projeção de concessões para os próximos anos e sensibilizarmos investidores e operadores com o potencial da carteira brasileira de projetos”, disse. “No setor ferroviário, estamos definindo uma estratégia de fomento, que já iniciamos recentemente com a aprovação de um benefício tributário de ICMS para toda a cadeia de investimento e estamos estruturando outras possibilidades, que serão divulgadas com o plano nacional voltado para o segmento”, adiantou.

 

Missão

Durante as agendas em Portugal, a comitiva do Brasil teve a oportunidade de conhecer de perto a operacionalização do free flow, sistema automático de pedágio, diretamente do centro de controle da concessionária portuguesa Brisa Autoestradas. O país é conhecido por ser referência na União Europeia pela gestão da tecnologia em larga escala, por isso a importância da visita técnica.

 

A equipe do Ministério dos Transportes também se reuniu com gestores públicos, como o ministro das Infraestruturas de Portugal, João Galamba, para trocar experiências a respeito dos desafios das concessões de rodovias. No setor ferroviário, os dois países trabalham atualmente na construção de um plano nacional para expandir a malha e se colocaram à disposição um do outro para troca de conhecimento e apoio técnico sobre as linhas férreas.

 

A relação luso-brasileira também foi aproximada com a assinatura do acordo de cooperação técnica entre as empresas públicas Infra S.A. e IP Engenharia S.A., do Grupo Infraestruturas de Portugal, celebrado na quinta-feira (21). Ainda nesta sexta-feira, os brasileiros visitaram a Central de Abastecimento de GNL e GNC, para conhecer a rede de abastecimento com gás natural em rodovias portuguesas.

 

Além de Renan Filho e George Santoro, integram delegação a secretária nacional de Transporte Rodoviário, Viviane Esse; o diretor-presidente da Infra S.A., Jorge Bastos; e o diretor-geral da ANTT, Rafael Vitale.

 

O roadshow Brasil Transport Invest – Portugal foi organizado com o apoio do Fórum de Integração Brasil Europa (Fibe); da Embaixada do Brasil em Portugal; da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil); do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); do Portugal Export – Fórum Internacional de Logística, Infraestrutura e Transportes; e do Porto de Lisboa.

Fonte: Mundo Lusíada

Notícias Relacionadas