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Exportações de máquinas e da indústria impulsionam otimismo no comércio externo

Contrariando o pessimismo dos que temem impactos económicos negativos da quarta vaga de covid-19, e até o recuo de 3,3% no PIB no primeiro trimestre deste ano, por causa do segundo confinamento total, as empresas portuguesas têm uma perspectiva mais optimista sobre o comportamento das vendas no mercado externo. Segundo o Instituto Nacional de Estatística, as perspectivas melhoraram de Novembro para cá, com as empresas a esperarem um aumento nominal nas exportações de 7,2% em 2021.

Os dados deste inquérito foram recolhidos em Maio, a partir de uma amostra de 3224 empresas que representam cerca de 90% das exportações de bens. E reflectem uma revisão em alta de 2,3 pontos percentuais face à primeira previsão, de Novembro de 2020. E apontam, segundo o INE, para uma subida de 1,9 pontos percentuais das exportações intra-UE (para 7,0%) e de 3,2 pontos percentuais nas vendas extra-UE (para 7,5%)”.

“As empresas apontaram como principais motivos para a revisão em alta o melhor comportamento que o esperado na generalidade dos mercados de destino já clientes (44,9%) e em mercados específicos (14,9%)”, explica o INE.

“A confirmarem-se estas perspectivas – acrescenta o INE -, as exportações de bens em 2021 ficarão 10,6% aquém dos valores de 2019”, ou seja, pré-pandemia. Se retirarmos ao comércio externo as exportações de combustíveis e lubrificantes, “as perspectivas reveladas pelas empresas indicam um acréscimo esperado de 5,8% em 2021 (+1,3 p.p. face à primeira previsão)”.

A empurrar o ânimo para cima está a venda de máquinas e outros bens de capital a países da União Europeia. Esta é a grande categoria económica em que se prevê o maior aumento (+8,9%). Seguem-se os fornecimentos industriais, com um aumento previsto de 7,1%, com maior contributo das vendas fora da UE. E depois o material de transporte e acessórios (aumento de 5,9%), com o principal contributo a vir das exportações intra-UE.

Em 2020, a primeira vaga deste inquérito apontava para um aumento de exportações de bens de 2% e a segunda vaga, já afectada pela pandemia, estimava uma quebra de 13%. O valor real de 202o acabou por se saldar num recuo de 10,2% na exportação de bens em 2020.

Fonte: Público

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