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Filmes brasileiro e português recebem prêmios em festivais

A Berlinale – Festival Internacional de Cinema de Berlim encerrou a edição de verão neste domingo premiando, por escolha do público, o filme “Última floresta”, do brasileiro Luiz Bolognesi, sobre os povos indígenas da Amazônia.

O documentário “Última Floresta” dá voz aos povos indígenas da floresta amazônica, por meio do roteiro do diretor e xamã Davi Kopenawa Yanomami.

O filme, que agora ganhou o prêmio do público, recria a existência da cultura Yanomami e da sua língua, uma comunidade que vive isolada na selva amazônica e luta para defender o seu modo de vida.

Bolognesi já tinha marcado presença no festival alemão em 2018 com o filme “Ex-Pajé”, também voltado para o mundo indígena.

Em segundo lugar ficou a produção hispano-libanesa “Miguel’s War”, dirigida por Eliane Rahed, sobre um homossexual que cresceu num meio ultra-conservador libanês, e que se afastou do país, durante a guerra civil.

Estes dois filmes foram os vencedores do voto do público na categoria Panorama, a segunda mais importante do festival alemão.

A longa-metragem “Bad Luck Banging or Loony Porn”, do realizador romeno Radu Jude, venceu o Urso de Ouro da Berlinale, prêmio máximo do certame.

Coprodução da Romênia, com o Luxemburgo, Croácia e República Checa, a comédia, escrita pelo realizador, que a definiu como um “cartoon político”, teve estreia internacional em Berlim e esteve no centro das atenções, ao visar a corrupção e os vícios do país de origem, em forma de sátira.

Este filme tem data prevista de estreia em Portugal a 09 de setembro, deste ano.

Ao todo, foram exibidos 126 filmes nesta edição de verão, em 16 espaços distribuídos pelo centro da capital alemã e dos seus bairros, sendo a maior parte espaços já destinados ao cinema de verão.

Filme português

Já o filme “A Metamorfose dos Pássaros”, de Catarina Vasconcelos, venceu o Prêmio Especial do Júri e o Prêmio do Público do festival de cinema documental One World, da Romênia, de acordo com o “palmarés” anunciado pelo certame.

“O raro sentimento poético [do filme], as suas imagens de cortar a respiração, a linguagem rica, o olhar melancólico e emocional sobre objetos e memórias a eles associadas”, assim como “a terna abordagem à família e à figura materna, em particular”, foram elementos decisivos para a atribuição do prêmio especial à primeira longa-metragem de Catarina Vasconcelos, como se lê na mensagem do júri.

“A Metamorfose dos Pássaros” teve estreia mundial em fevereiro do ano passado, no Festival Internacional de Cinema de Berlim e, desde então, foi já exibido em mais de 60 festivais, somando agora mais de duas dezenas de prêmios, na maioria, de melhor filme, assim como prêmios do júri, da crítica e do público.

O festival One World é uma das mais importantes competições de cinema documental do leste europeu.

“A Metamorfose dos Pássaros” foi selecionado para a Competição Internacional.

O júri foi composto pela dramaturga e escritora Mihaela Michailov, pela diretora do Centro Simone de Beauvoir, de Paris, Nicole Fernández Ferrer, pelo crítico de cinema Patrick Holzapfel, pelo director do Museu EYE de Amsterdão, René Wolf, e pela especialista em montagem e direção de som, Dana Bunescu.

“A Metamorfose dos Pássaros” é uma produção da Primeira Idade, tem distribuição internacional da Portugal Film – Agência Internacional de Cinema Português, e deverá chegar às salas portuguesas de cinema no final do verão.

A 14.ª edição do Festival One World decorreu presencialmente em Bucareste, desde o passado dia 11, encerrou no domingo, com a exibição dos filmes premiados, e traz uma versão ‘online’ a partir de segunda-feira, até 27 de junho.

Fonte: Mundo Lusíada

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