Notícias
- Home
- Economia e Negócios
- Governo português anuncia plano de…
Governo português anuncia plano de 6.112 milhões de euros para atingir 27.000 milhões de receitas turísticas em 2027
O Plano Reativar o Turismo|Construir o Futuro, hoje apresentado pelo ministro da Economia, prevê um investimento de 6.112 milhões de euros no setor turístico português para ultrapassar a meta de 27.000 milhões de euros de receitas turísticas em 2027.
“O nosso objetivo é chegarmos a 2027 no nível que projetámos em 2017. Em 2017 projetámos um ritmo de crescimento da receita turística que atingisse 27.000 milhões de euros em 2027. A crise podia-nos deixar abaixo deste objetivo. O nosso plano visa colocar-nos nesse nível e até, se possível, superá-lo”, afirmou o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, na sessão de apresentação do plano.
Do total de 6.112,24 milhões de euros de investimento previsto no Plano Reativar o Turismo|Construir o Futuro, a maior fatia, de 4.075 milhões de euros, será assegurada pelo Banco Português do Fomento, que canalizará 3.000 milhões de euros para apoios às empresas (com vista à preservação do potencial produtivo e do emprego) e 1.075 milhões para o seu financiamento.
“Neste momento estimamos as necessidades de apoio público em cerca de 3.000 milhões de euros, mas este valor ainda é estimado e será afinado nas próximas semanas”, precisou Siza Vieira.
Este valor inclui soluções para capitalização das empresas, uma garantia pública para refinanciamento/reescalonamento das moratórias e uma linha de crédito com garantia para financiamento de necessidades de tesouraria, de forma a apoiar a retoma da atividade das empresas do setor turístico.
Segundo adiantou o ministro, as iniciativas previstas a este nível terão “uma intervenção transversal” às várias atividades mais afetadas pela pandemia de covid-19, mas com uma “particular incidência no setor de turismo”, que “vai beneficiar de um apoio mais significativo”, nomeadamente ao nível das moratórias bancárias.
“O Governo está a trabalhar num programa de apoio à reestruturação desta dívida ou, se quiserem, ao seu refinanciamento. O que precisamos de assegurar é que a dívida gerada antes da pandemia da covid-19, nestes setores mais afetados, pode ser reembolsada num prazo mais largo e pode ter alguma carência de reembolso de capital no primeiro ano ou dois”, explicou.
Conforme salientou, “isto exige um trabalho com o setor bancário e exige, por parte do Governo, a capacidade de aportar algum nível de garantias a esta dívida, que vai ser mais longa”. O objetivo é “criar um incentivo positivo para que o setor bancário faça isto, mas também que as empresas não sofram consequências adversas na sua capacidade de financiamento”.
O Plano Reativar o Turismo|Construir o Futuro prevê ainda medidas dirigidas ao financiamento das empresas, no valor total de 1.075 milhões de euros, tendo aqui o Banco Português de Fomento “um protagonismo essencial”, desde logo na garantia do “acesso a linhas e a operações diversas que permitam às empresas conseguir financiamento para o investimento produtivo terão que fazer”, salientou Siza Vieira.
O Banco de Fomento terá também um papel central no “reforço do Fundo Imobiliário Especial de Apoio às Empresas, na facilitação do acesso das empresas ao financiamento em mercado de capitais [através do Programa para Acesso PME ao Mercado de Capitais], no apoio ao investimento na concentração de empresas [com o Fundo para a Concentração de Empresas] e à sua internacionalização [através do Fundo para a Internacionalização das Empresas do Turismo]”.
Para além destes apoios às empresas, o plano para reativação do setor turístico apostará no fomento da segurança e confiança no destino Portugal, canalizando mais de 10 milhões de euros para medidas como o selo Clean&Safe 2.0 e os programas ‘Seamless Travel’ e Adaptar 2.0, assim como para uma campanha de estímulo à adoção de comportamentos seguros e para a atualização do ‘Health Passport 2.0’.
Outros dos pilares do plano é a geração de negócio no setor turístico, que contará com 570 milhões de euros para o lançamento de novas campanhas de promoção externa e interna e de novos produtos turísticos (para promover a competitividade do destino e estimular a procura) e para a aposta na reposição da conectividade aérea e na promoção da mobilidade sustentável.
Este eixo de atuação prevê o desenvolvimento do Programa Internacionalizar Turismo (que visa o apoio ao esforço de promoção internacional das empresas do turismo), um Programa de Reforço da Capacitação do Trade Internacional, o programa Portugal Events – captação de eventos que possam ser determinantes para a imagem internacional de Portugal, o reforço de parcerias e a contratualização da promoção externa.
No âmbito do reforço das acessibilidades aéreas internacionais, pretende promover-se uma maior diversificação de mercados emissores e de parceiros, dando-se, nomeadamente, continuidade ao Programa VIP, “que tem sido essencial na mitigação da dependência de alguns destinos regionais de um reduzido número de mercados emissores e na diversificação de parceiros de transporte aéreo”.
Ainda previsto está um investimento de 790 milhões de euros em inovação e de 641,1 milhões de euros em sustentabilidade, quer ao nível das empresas, quer dos destinos, a que se juntam mais 25,1 milhões de euros para aplicar no conhecimento e qualificações de 75 mil trabalhadores e dos gestores de 30.000 empresas do setor turístico.
Segundo salienta o executivo, o Plano Reativar Turismo Construir Futuro “pretende estimular a economia e a atividade turística, de forma a superar os objetivos e as metas de sustentabilidade económica, ambiental e social definidas na Estratégia para o Turismo 2027”: 27.000 milhões de euros de receitas turísticas e 80 milhões de dormidas.
Os objetivos centrais são “promover um turismo ao longo de todo o ano e em todo o território, através do apoio ao investimento, da capacitação das empresas, da qualificação dos recursos humanos e da aposta na acessibilidade aérea e na mobilidade sustentável, áreas fundamentais para incentivar a competitividade do destino”.
Fonte: Expresso
- Publicado a 24 de Maio de 2021
Notícias Relacionadas
Portal único de serviços digitais gov.pt será lançado em setembro
O portal único de serviços digitais gov.pt será lançado em…
“Portugal é, com certeza, o país na Europa que tem a forma de interagir e pensar nos negócios mais parecida com a dos brasileiros”, defendeu Karene Vilela, presidente da Câmara Portuguesa de Comércio de São Paulo
Com origem nos Açores, esta empresária é ainda enófila e…
Ano turístico em Portugal vai ser melhor do que 2023, mesmo com menor procura interna
O Secretário de Estado do Turismo previu neste dia 11,…
Comércio entre Brasil e CPLP: relatório da FUNCEX revela dinâmicas econômicas
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) continua a…
Governador de SC e prefeito de Porto discutem possibilidade de nova rota aérea direta
A nova rota aérea direta entre Florianópolis e Lisboa foi…
Brasil e Portugal assinam declaração de cooperação na área de segurança pública
O ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Ricardo…
Portugal é o 15.º melhor país para estrangeiros morarem
Portugal ficou na 15.º posição do ranking Expat Insider 2024,…
Portugal oferece bolsas de estudo para apoiar conservação dos oceanos até 2030
Portugal aposta em atribuir bolsas de estudo em apoio ao…
FMI revê em alta crescimento do PIB português em 2024 para 2%
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em alta a previsão…
Brasil participa do Fórum das Comunicações da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
No último dia 26, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)…
Rio recebeu encontro da Associação das Universidades de Língua Portuguesa
Terminou no dia 26 de junho o XXXIII Encontro da…
Brasil reúne representantes de 17 países para discutir o papel da Inteligência no combate aos crimes ambientais
Terminou em Brasília a Primeira Conferência Internacional de Inteligência Ambiental.…