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Novo acordo amplia relações econômicas entre Mercosul e EFTA

O Mercosul e a Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA) — composta por Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça — assinaram um Acordo de Livre Comércio que foi formalizado em cerimônia no Rio de Janeiro em 16 de setembro de 2025. O texto do acordo conclui negociações que vinham desde 2017 e tem como objetivo ampliar o comércio bilateral em bens, serviços, investimentos e propriedade intelectual. 

 

Segundo as partes, o pacto criará uma zona de livre comércio que reúne cerca de 290 milhões de pessoas e um PIB combinado superior a US$ 4,3 trilhões, e dará acesso aprimorado para mais de 97% das exportações de ambos os lados. Entre as medidas previstas estão a eliminação imediata de tarifas industriais em grande parte das linhas e mecanismos para reduzir barreiras técnicas e sanitárias. 

 

Estudos citados pelo governo brasileiro estimam efeitos econômicos positivos para o Brasil ao longo do tempo — incluindo aumento do PIB, elevação das exportações e atração de investimentos — embora esses impactos dependam de prazos de implementação e de processos de ratificação nos parlamentos de cada país. O acordo, portanto, só entrará em vigor após a conclusão desses procedimentos internos. 

 

O texto negociado contém disposições que tratam também de comércio de serviços, facilitação de investimentos e regras em áreas sensíveis como propriedade intelectual e normas sanitárias e fitossanitárias. Autoridades destacaram que o objetivo é fortalecer laços comerciais em um momento de maior tensão protecionista global, sem, contudo, eliminar a necessidade de salvaguardas e regras locais que cada país possa considerar essenciais. 

 

Próximos passos: a assinatura é um marco político-diplomático, mas o acordo ainda precisa ser submetido às instâncias de ratificação nacionais — parlamentos e processos formais — para entrar em vigor. O governo federal e as delegações parceiras sublinharam a importância de agora trabalhar na implementação e nos detalhes técnicos, a fim de que empresas e consumidores em ambos os blocos possam começar a aproveitar os benefícios previstos. 

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