A língua portuguesa, falada oficialmente em oito países e por mais de 260 milhões de pessoas em cinco continentes, consolida-se como um dos grandes ativos estratégicos do espaço lusófono. Mais do que um meio de comunicação, o português é um instrumento de integração económica, diplomática e cultural, conectando empresas, instituições e cidadãos em torno de uma herança comum.

De acordo com projeções das Nações Unidas, o número de falantes poderá ultrapassar 400 milhões até 2050 e meio bilhão até o final do século XXI, impulsionado sobretudo pelo crescimento demográfico de países africanos como Angola e Moçambique. Este dinamismo transforma o português numa língua de futuro, cada vez mais presente em centros de decisão globais, universidades e mercados emergentes.

Um estudo do Instituto Camões e do ISCTE revela que os setores diretamente relacionados à língua portuguesa — educação, cultura, mídia, turismo e economia criativa — representam cerca de 17% do PIB português, demonstrando o peso tangível do idioma na geração de valor. No Brasil, Portugal e nos demais países lusófonos, o português funciona como um verdadeiro vetor de desenvolvimento, capaz de impulsionar exportações, parcerias culturais e circulação de conhecimento.

Além do impacto económico, o idioma é também um elemento de soft power: promove a imagem dos países lusófonos no exterior, fortalece a cooperação entre instituições e estimula o diálogo multicultural. Com o avanço das tecnologias de comunicação e o interesse crescente pelo português como língua global, o desafio passa a ser ampliar a sua presença digital e educacional — garantindo que continue a unir, inspirar e mover economias.