Notícias
- Home
- Economia e Negócios
- Orçamento do Estado para 2022…
Orçamento do Estado para 2022 aprovado na generalidade com votos favoráveis de PS
![](https://www.camaraportuguesa.com.br/wp-content/uploads/2022/05/PlenarioParlamento_Assemble-768x436.webp)
Nesta sexta-feira, a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) foi aprovada na generalidade na Assembleia da República portuguesa, apenas com os votos a favor do PS e abstenções dos deputados únicos do PAN e do Livre.
O diploma foi aprovado pelos 120 deputados do PS, que tem maioria absoluta dos 230 lugares no parlamento, e teve as abstenções dos deputados únicos do PAN, Inês Sousa Real, e do Livre, Rui Tavares.
O PSD, que tem 77 deputados, Chega (12), Iniciativa Liberal (oito), PCP (seis) e BE (cinco) votaram contra a proposta, totalizando 108 votos.
A proposta orçamental baixa agora à comissão de Orçamento e Finanças para o debate na especialidade, subindo depois ao plenário para a votação final global.
Inflação
A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares admitiu que há risco de perda de poder de compra este ano, mas salientou medidas para mitigar a subida de preços e não para “alimentar” uma espiral inflacionista.
“Dir-me-ão, em particular à nossa esquerda, que há risco de perda real de poder de compra neste ano. Há. Dizer o contrário seria ‘tapar o sol com uma peneira’”, frisou Ana Catarina Mendes no discurso que encerrou o debate.
A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares procurou deixar a garantia de que, no que depender do Governo, o fenômeno de aumento dos preços “será mitigado, e nunca será o Governo a promover uma espiral inflacionista”.
Neste ponto, a ex-líder parlamentar socialista defendeu o caminho de resposta às aos fatores que estão na origem da subida dos preços.
“A nossa opção, neste Orçamento, é criar apoios e incentivos dirigidos. São respostas aos problemas imediatos sem perder de vista a competitividade da nossa economia”, disse.
Ana Catarina Mendes sustentou que “os portugueses sabem que este é um orçamento responsável de manutenção da trajetória de consolidação orçamental e sabem que este não é um orçamento de austeridade”.
“E mais, sabemos qual é o nosso compromisso com os portugueses: Não prometer futuros ilusórios, nem deixar eternizar problemas desnecessários”, assinalou.
Em linhas gerais, de acordo com a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, o Orçamento do Estado “não ignora a inflação, combate-a, reduzindo impostos sobre bens essenciais”.
“Ainda não sabemos muito sobre como o mundo vai adaptar-se às pressões inflacionistas, mas damos desde já uma garantia aos cidadãos de que estaremos atentos. Se o vento mudar, saberemos adaptar-nos”, acrescentou.
Crítica oposição
Já o presidente do PSD acusou o Governo de “cortar mais de metade do subsídio de Natal aos trabalhadores”, estimando que à conta da inflação “os salários irão perder pelo menos 4% de poder de compra” neste ano.
“É como se fizesse um corte de mais de 50% no subsídio de Natal dos portugueses. Que diria o PS se outro Governo tomasse esta medida: cortar mais de metade do subsídio de Natal aos trabalhadores?”, perguntou Rui Rio, na Assembleia da República, dando em seguida a resposta: “Diria, certamente, que estamos em austeridade”.
No encerramento do debate do Orçamento, Rui Rio insistiu que a proposta do Governo não respeita o compromisso de aumento dos salários e introduz austeridade por via da inflação, justificando também o voto contra do PSD com divergências de estratégia econômica.
“A inflação é nesta proposta de Orçamento a galinha dos ovos de ouro do Governo. É através dela que o Governo se propõe enganar as pessoas, não cumprindo as promessas feitas escassos meses atrás após as eleições legislativas”, afirmou o presidente do PSD.
Segundo Rui Rio, “ao se propor subir os salários apenas 0,9% quando a inflação na zona euro já passou os 7%, é evidente que os salários irão perder, pelo menos, 4% de poder de compra neste ano de 2022”.
O presidente do PSD acrescentou que “isto representa uma perda superior a meio salário mensal por cada trabalhador”, o equivalente a “um corte de mais de 50% no subsídio de Natal dos portugueses”.
“Prometeram subir o salário médio. Prometeram um forte aumento do salário mínimo. Prometeram aumentar o peso dos salários no rendimento nacional. Prometeram que, com eles, jamais haveria austeridade”, apontou.
Dirigindo-se a António Costa, o presidente do PSD, que cessará essas funções daqui a cerca de um mês, manifestou-se convicto de que “se houvesse a tal segunda volta que o senhor primeiro-ministro aqui usou para se vangloriar”, os resultados seriam diferentes dos das legislativas de 30 de janeiro, que o PS venceu com maioria absoluta.
Fonte: Mundo Lusíada
- Publicado a 02 de Maio de 2022
Notícias Relacionadas
Portal único de serviços digitais gov.pt será lançado em setembro
O portal único de serviços digitais gov.pt será lançado em…
“Portugal é, com certeza, o país na Europa que tem a forma de interagir e pensar nos negócios mais parecida com a dos brasileiros”, defendeu Karene Vilela, presidente da Câmara Portuguesa de Comércio de São Paulo
Com origem nos Açores, esta empresária é ainda enófila e…
Ano turístico em Portugal vai ser melhor do que 2023, mesmo com menor procura interna
O Secretário de Estado do Turismo previu neste dia 11,…
Comércio entre Brasil e CPLP: relatório da FUNCEX revela dinâmicas econômicas
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) continua a…
Governador de SC e prefeito de Porto discutem possibilidade de nova rota aérea direta
A nova rota aérea direta entre Florianópolis e Lisboa foi…
Brasil e Portugal assinam declaração de cooperação na área de segurança pública
O ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Ricardo…
Portugal é o 15.º melhor país para estrangeiros morarem
Portugal ficou na 15.º posição do ranking Expat Insider 2024,…
Portugal oferece bolsas de estudo para apoiar conservação dos oceanos até 2030
Portugal aposta em atribuir bolsas de estudo em apoio ao…
FMI revê em alta crescimento do PIB português em 2024 para 2%
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em alta a previsão…
Brasil participa do Fórum das Comunicações da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
No último dia 26, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)…
Rio recebeu encontro da Associação das Universidades de Língua Portuguesa
Terminou no dia 26 de junho o XXXIII Encontro da…
Brasil reúne representantes de 17 países para discutir o papel da Inteligência no combate aos crimes ambientais
Terminou em Brasília a Primeira Conferência Internacional de Inteligência Ambiental.…