Notícias
- Home
- Economia e Negócios
- Portugal evoluiu na maioria dos objetivos de desenvolvimento sustentável
Portugal evoluiu na maioria dos objetivos de desenvolvimento sustentável
Portugal evoluiu na maioria dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), mas piorou desde 2015 em indicadores como mortes por catástrofes, obesidade na população e preços da alimentação, indicou o INE.
O Instituto Nacional de Estatística, que hoje divulgou os indicadores dos ODS em Portugal, uma publicação que acompanha as estatísticas da Agenda 2030 da ONU, concluiu que, na maioria dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o país “evoluiu favoravelmente ou atingiu a meta”.
“Comparando o ano mais recente com o primeiro ano disponível desde 2015, é possível concluir que a maioria (101) dos indicadores analisados registou uma evolução favorável (dos quais 20 atingiram a meta), 28 apresentaram uma evolução desfavorável, três não registraram alterações, 38 não são passíveis de avaliação”, precisa o INE.
Entre os 20 indicadores que atingiram a meta estão a taxa de mortalidade materna e infantil; a qualidade da água para consumo humano que alcançou um nível de excelência; as bacias hídricas transfronteiriças abrangidas por acordos de cooperação internacional; a energia proveniente de fontes renováveis no consumo final bruto de energia; as políticas que facilitam a migração; bem como redução das emissões de gases com efeito de estufa.
No caso deste último indicador, a meta nacional para 2020 foi ultrapassada, mas Portugal ainda está longe da meta para 2030.
Outros indicadores que contribuíram para esta evolução positiva estão a redução da população em risco de pobreza desde 2015, que passou de 19% para 16,4% em 2021; o aumento da proporção total das despesas públicas em educação, saúde e proteção social; aumento da ajuda pública ao desenvolvimento ao setor agrícola desde 2015 e menor taxa de mortalidade por suicídio e acidentes rodoviários.
Mais mulheres dirigentes na administração pública, aumento do número de armas de fogo apreendidas, progresso favorável na ajuda pública ao desenvolvimento destinada à biodiversidade, redução na percentagem de resíduos perigosos gerados e progresso favorável nas taxas de reciclagem são outros dos 170 indicadores apresentados pelo INE (mais 11 do que na edição anterior) que evoluíram favoravelmente desde 2015.
O boletim destaca também pela positiva o aumento da despesa pública e privada em serviços culturais, menos população em condições de habitabilidade desfavoráveis, progresso favorável do peso do trabalho no PIB, aumento do rendimento médio, menos desemprego e recuperação do peso do turismo na riqueza nacional após contração devido à pandemia covid-19.
Em sentido contrário, o INE dá conta da subida significativa das mortes por catástrofes em 2020 devido à pandemia, de 0,6 em 2015 para 66,5 por 100 mil habitantes; maior obesidade entre a população; índice de anomalia nos preços da alimentação excecionalmente alto em 2020; ligeiro decréscimo na proporção de nascimentos (nados-vivos) assistidos por pessoal de saúde qualificado e aumento da taxa de mortalidade atribuída a fontes de água inseguras, condições de saneamento inseguras e falta de higiene.
Outros indicadores com evolução menos favorável são o retrocesso nas competências em leitura, menos mulheres nas eleições autárquicas em 2021, disparidades na propriedade de terra agrícola, proporção residual de mulheres em cargos de chefia e mais resíduos urbanos nas cidades ‘per capita’.
O organismo explica que, na edição hoje divulgada sobre os ODS, 13,5% dos indicadores tem informação até 2022, 40,0% até 2021 e 29,4% até 2020, o que “torna prematura uma avaliação integral do impacto da pandemia no desenvolvimento sustentável”.
No entanto, sustenta o INE, identificam-se alguns indicadores afetados no curto prazo pela pandemia covid-19, tanto por evidenciarem o seu impacto direto, nomeadamente as mortes por catástrofes, como por registarem alguma recuperação relativamente a níveis anteriores à crise pandêmica nos anos subsequentes.
Fonte: Mundo Lusíada
- Publicado a
Notícias Relacionadas
Investidores querem transformar o Norte de Portugal na Flórida para brasileiros
Empresário Luiz Eduardo Osório reúne investidores cariocas em busca de…
Pacto Climático Europeu quer agricultura e alimentação no planeamento do território
Municípios devem incluir medidas sustentáveis e adaptadas às comunidades e…
Brasileiros devem contribuir com 1,4 bi de euros neste ano à Previdência de Portugal
As contribuições dos trabalhadores brasileiros para a Previdência Social de…
Especialistas defendem que Brasil e Portugal estão a evoluir no comercial
Portugal e Brasil mantêm uma relação comercial marcada por oportunidades…
Reconhecimento Institucional: Presidente da Câmara Portuguesa é Homenageada pela Casa de Portugal
A presidente da Câmara Portuguesa, Karene Vilela, representou a instituição…
Renováveis abastecem 73% da eletricidade consumida até setembro
A produção de energia renovável abasteceu 73% do consumo de…
Portugal cria programa no IEFP para apoiar imigrantes na procura de emprego
O Governo português lançou nesta segunda-feira o Programa Integrar que…
Brasileiros compram imóveis em Portugal para alugar de olho em ganhos de até 8%
Brasileiros compram imóveis em Portugal para alugar de olho em…
No G20 Agro, Brasil e Portugal firmam memorando para produtos agroalimentares
Em encontro com o ministro da Agricultura e Pescas de…
Empresa que reduziu a fome no Brasil quer fixar jovens de Portugal no campo
Embrapa fecha parceria com instituições portuguesas para incentivar os jovens…
Economia portuguesa cresce 1,5% no segundo trimestre
A economia portuguesa cresceu 1,5% no segundo trimestre do ano,…
Trocas comerciais da China com países africanos lusófonos sobem 22% para 12,3 mil ME até junho
As trocas comerciais entre a China e os países africanos…