As expectativas eram altas para a gala do Guia Michelin em Porto, nesta terça-feira (25), marcando o segundo ano da edição independente do guia para Portugal. Depois de uma cerimônia anterior considerada decepcionante, restaurateurs e gastrônomos esperavam que 2025 trouxesse reconhecimentos mais impactantes.

Embora o funcionamento do Michelin seja complexo, é sempre um prazer ver chefs e profissionais de sala sendo homenageados por sua dedicação à gastronomia. Além disso, o impacto econômico é significativo: estima-se que uma estrela aumente o movimento do restaurante em 20%, enquanto três estrelas podem dobrá-lo. E a cerimônia desta noite proporcionou uma dose dessa alegria, ainda que com algumas celebrações contidas.

Durante o evento, realizado no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, a jornalista portuguesa Marta Leite Castro atuou como mestre de cerimônias para uma plateia de cerca de 500 convidados. Após os discursos de boas-vindas e belos vídeos promocionais de turismo, foram entregues dois prêmios especiais.

Nelson Marreiros, gerente do restaurante Ocean, no Algarve, recebeu um prêmio especial de serviço, enquanto Marc Pinto, do Fifty Seconds, em Lisboa, foi premiado como melhor sommelier. Mais tarde, José Diogo Costa, do restaurante William, em Funchal, Madeira, foi reconhecido como Jovem Chef do Ano.

Até então, Portugal contava com 162 restaurantes reconhecidos pelo Michelin, incluindo 8 com duas estrelas, 31 com uma estrela, 30 na categoria Bib Gourmand (que destaca restaurantes com excelente relação entre qualidade e preço) e outros 93 recomendados pelo guia. Vários deles também possuem estrelas verdes, em reconhecimento ao compromisso com a sustentabilidade. Todos esses estabelecimentos foram convidados novamente este ano, juntamente com outros que pareciam estar à beira de um grande reconhecimento, gerando inevitáveis especulações.

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