Notícias
- Home
- Economia e Negócios
- Trocas comerciais da China com países africanos lusófonos sobem 22% para 12,3 mil ME até junho
Trocas comerciais da China com países africanos lusófonos sobem 22% para 12,3 mil ME até junho
As trocas comerciais entre a China e os países africanos lusófonos subiram, em média, 22% no primeiro semestre deste ano, para 13,7 mil milhões de dólares (12,3 mil milhões de euros), segundo dados da alfândega chinesa.
O volume de 13,7 mil milhões de dólares em trocas comerciais é liderado por Angola, o maior parceiro econômico da China no continente, muito por efeito da venda de petróleo angolano ao gigante asiático, que valeu a quase totalidade das exportações de Angola para a China, num total de 10,6 mil milhões de dólares, (cerca de 9,5 mil milhões de euros).
Já as exportações da China para Angola valeram apenas 1,5 mil milhões de dólares.
Em segundo lugar entre os maiores parceiros chineses nos lusófonos africanos está Moçambique, que vendeu 721 milhões de dólares em bens e serviços, e comprou o equivalente a 1,6 mil milhões de dólares.
Na comparação entre o primeiro semestre deste ano e o período homólogo do ano passado, constata-se, segundo os dados das autoridades chinesas, uma subida de 22% nas trocas comerciais, tendo havido, ainda assim, uma quebra de 12,8% e 6% nos casos da Guiné Equatorial e de Moçambique, respetivamente.
O aumento das trocas comerciais dos países lusófonos com o ‘gigante asiático’ reflete um objetivo da China de aumentar não só o relacionamento comercial com África, mas principalmente o volume de importações, para contrapor à crítica de desequilíbrio na balança comercial a favor da China.
Em 2021, no mais recente Fórum sobre a Cooperação China-África (FOCAC), a China prometeu aumentar as importações de produtos africanos para 300 mil milhões de dólares (271 mil milhos de euros) até 2024, acima dos 275 mil milhões de dólares exportados nos três anos anteriores, ou seja, entre 2019 e 2021.
“Não sendo uma meta demasiado ambiciosa, foi importante, primeiro porque foi a primeira meta de importações africanas, e depois porque foi o primeiro objetivo de importações africanas estipulado por qualquer parceiro de desenvolvimento”, escreveu a analista Rosie Wigmore, da consultora Development Reimagined, num dossier especial feito em conjunto com a revista African Business.
No artigo, a propósito de mais um FOCAC, que vai decorre esta semana em Pequim, a analista diz que faltam apenas 14 mil milhões de dólares para a meta ser atingida.
Destaca, contudo, que apesar de ter havido um aumento das exportações africanas para a China, as compras dos africanos cresceram mais depressa, agravando o défice da balança comercial.
“A boa notícia é que a meta deve ser cumprida, mas a má notícia é que desde 2022 o défice comercial na verdade agravou-se, de 39 mil milhões de dólares em 2021 (35,24 mil milhões de euros) para 63 mil milhões de dólares (56,9 mil milhões de euro) em 2023”, escreve Rosie Wigmore.
No ano passado, acrescenta, 83% do volume das exportações para a China foram feitas por apenas oito países, todos eles ricos em recursos naturais.
Entre as medidas que os líderes africanos e chineses podem aprovar esta semana em Pequim, a analista sugere mecanismos para financiar os bancos africanos, diminuir as taxas alfandegárias e aproveitar as potencialidades do acordo de livre comércio continental em África.
O FOCAC 9, com o lema ‘Unir as Mãos para avançar a modernização e construir uma comunidade de alto nível sino-africana com um futuro partilhado’, realiza-se de 4 a 6 de setembro em Pequim, com reuniões preliminares já hoje, e contará com a presença do Presidente chinês, Xi Jinping.
Trata-se de “uma plataforma para um diálogo coletivo, unindo a China com a Comissão da União Africana e com os 53 países africanos que mantêm relações diplomáticas com a China”, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
Fonte: Mundo Lusíada
- Publicado a
Notícias Relacionadas
Empresa que reduziu a fome no Brasil quer fixar jovens de Portugal no campo
Embrapa fecha parceria com instituições portuguesas para incentivar os jovens…
Economia portuguesa cresce 1,5% no segundo trimestre
A economia portuguesa cresceu 1,5% no segundo trimestre do ano,…
Jus Mundi e o Centro de Mediação e Arbitragem da Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil (CMA-CPCB) anunciam nova parceria
Jus Mundi e o Centro de Mediação e Arbitragem da…
Portugal avança na geração de energia solar e bate novo recorde
Energias renováveis, somando solar, hídrica, eólica e biomassa, são responsáveis…
União Europeia: Convite – “Lei Rouanet: Oportunidades para Empresas Europeias no Brasil”
É com grande entusiasmo que convidamos vocês para um evento…
Feira de Universidades Internacionais reúne em São Paulo mais de 80 instituições
O Colégio Etapa realiza no dia 31 de agosto, em…
Cidade do Porto receberá o Congresso Mundial da indústria de eventos em 2025
A cidade do Porto em Portugal vai acolher o 64.º…
Governo anuncia investimento em faixas costeiras de Loulé e Portimão de 16,7 ME
A ministra portuguesa do Ambiente anunciou um investimento de 16,7…
Exportações portuguesas de frutas, legumes e flores crescem 13,4% até junho
As exportações portuguesas de frutas, legumes e flores cresceram 13,4%…
Portugal anuncia 11,1 milhões de euros para reabilitação de rios e ribeiras
O Governo português anunciou que vai investir 11,1 milhões de…
Turismo foi responsável por quase metade do crescimento do PIB português em 2023
O consumo turístico realizado em Portugal “foi determinante” para a…
Aveiro bateu recorde de visitantes no primeiro semestre de 2024
O número de visitas a museus, espaços turísticos e lojas…