Notícias
- Home
- Associados
- Integridade de terceiros – “diz-me com quem andas e te direi quem és” [EthQuo]
Integridade de terceiros – “diz-me com quem andas e te direi quem és” [EthQuo]

À medida que as práticas de governança e conformidade avançam em maturidade dentro das organizações, é natural que processos semelhantes passem a ser por elas requeridos de seus parceiros diretos de negócio e demais integrantes da cadeia de valor (neste artigo, vamos designá-los, coletivamente, como “terceiros”). Essa é uma forma de estender o alcance dos mecanismos de governança da organização para além dos seus limites corporativos, o que naturalmente amplia a capacidade de resposta a riscos na cadeia de valor como um todo. De um ponto de vista de estratégia de governança, esta abordagem “sistêmica” traz mais efetividade, sem dúvidas.
Quanto maior a relevância de uma organização em sua cadeia de valor, mais forte é a sua influência sobre seus parceiros de negócio e, portanto, maior a probabilidade de práticas evoluídas de governança e compliance se disseminarem para outras empresas. Aquelas que resistam em assimilar tais conceitos e práticas, tendem a ser gradualmente expelidas daquele ecossistema de negócios ou, na melhor das hipóteses, podem ser relegadas a uma posição insignificante.
A imposição de práticas mais robustas de governança e compliance não advém apenas dos players mais influentes nas cadeias de valor. Também a opinião pública e o ambiente regulatório têm aumentado o nível de intolerância a empresas imaturas em termos de governança e compliance. E mais: não basta à empresa simplesmente dizer que adota práticas de governança; elas precisam ser efetivas, tangíveis, mensuráveis e compromissadas. Na visão desses stakeholders, o mero anúncio de intenções em políticas bem escritas, repletas de expressões de impacto, ou a realização de ações pontuais, midiáticas, mas que não refletem a realidade dos processos internos ou da cultura da empresa são entendidos como um comportamento hipócrita, fulminante para a imagem institucional da organização.
Notem como tem havido repetidas manifestações da opinião pública em tempos recentes, criticando empresas que praticam “greenwashing”, ou que divulgam políticas exemplares de diversidade e inclusão, enquanto mantêm camadas hierárquicas inteiras sem representação feminina ou variação étnica, apenas para dar um exemplo. E, neste mesmo contexto, observem como tem aumentado o número de normas regulatórias exigindo reportes transparentes por parte das organizações sob sua supervisão, fazendo uma clara correspondência entre o discurso e a prática em temas associados à agenda ESG (um exemplo recente brasileiro é a Resolução CVM 59, de 2021).
Este quadro geral compele cada vez mais empresas e mercados a aderirem a diretrizes avançadas de governança e compliance, permeando todas as cadeias de valor da economia. E isto é bom! Governança em grande escala parece ser um caminho sem volta e certamente contribuirá para um ambiente de negócios com mais ética, devotado à geração sustentável de valor, o que se reverterá em benefícios para as próprias organizações, para a sociedade civil, governos e instituições de Estado.
Muito embora os ganhos provenientes de boas práticas de governança e compliance tendam a superar – e muito – os custos envolvidos, não se consegue alcançar maturidade nessas disciplinas sem investimentos. E, naturalmente, a capacidade de investimento em âmbito corporativo é sempre limitada, ademais de ser completamente desuniforme entre as empresas, ainda que da mesma cadeia de valor. É nesta hora que as competências de gestão são chamadas a agir, para que resultados efetivos sejam alcançados através de investimentos ajustados e coerentes com os níveis de risco endêmicos a cada segmento de atuação, a relevância dos negócios, os tipos de transação e seus interessados, as complexidades e questões próprias de cada organização, dentre outros fatores.
Enfim, há muitas variáveis a considerar por parte dos gestores, mas o certo é que os investimentos requeridos em governança e compliance serão sempre menores, quanto mais maduro for o ecossistema de negócios na adoção de práticas sobre o tema. Em ecossistemas evoluídos em governança e compliance, é possível pensar em compartilhamento de processos, práticas, pessoas, sistemas, tecnologias e outros recursos, dando ainda mais eficiência ao conjunto de esforços alocados e, por óbvio, mais efetividade aos resultados obtidos. E não apenas em termos individuais, mas também coletivos, proporcionados de forma contínua – um caso clássico de ciclo virtuoso.
Particularmente quanto à governança na avaliação de integridade de terceiros, as organizações têm atualmente à sua disposição um vasto arsenal de fontes de informação, nacionais e internacionais, que permitem fazer uma varredura razoavelmente precisa da existência de problemas legais, cadastrais, regulatórios, ambientais, reputacionais, financeiros, sancionatórios, criminais, dentre outros – um processo normalmente conhecido como due diligence de integridade (também são utilizadas expressões como background check e KYC/KYP – Know Your Customer/Partner).
As fontes de dados disponíveis são tão numerosas e de tamanha abrangência, que tornam a sua inspeção manual quase que impraticável… Para dar agilidade ao processo de diligência, é possível contar com tecnologias que automatizam as buscas, a compilação e o tratamento de todas as informações sobre terceiros, além de aplicarem técnicas cognitivas digitais que determinam o respectivo escore de risco de integridade, de forma já alinhada com conceitos contidos nas políticas internas da organização. Também nesta frente, é absolutamente possível (e até recomendável) considerar o uso compartilhado desses recursos de compliance pelos integrantes da cadeia de valor.
O ano de 2022 vem chegando ao fim. Este é um momento propício para avaliar o alcance e a efetividade das práticas e recursos destinados à diligência de integridade de terceiros, que vêm sendo adotados em sua organização. Os rigores crescentes em governança nas cadeias de valor, na opinião pública e em face de normas regulatórias mais exigentes, têm determinado um ciclo de demanda corporativa por ecossistemas de negócios com maior higidez ética, capazes de detectar e gerenciar riscos de integridade em relação a todos e cada um de seus integrantes, gradualmente eliminando aqueles que resistam em alcançar maturidade. Sim… Mais do que nunca, vale no mundo corporativo a máxima moral “diz-me com quem andas e te direi quem és”.
Conte com as informações e tecnologias à disposição no mercado para fortalecer os processos de due diligence de integridade de terceiros de sua empresa e inicie em 2023 um projeto para posicionar sua organização de forma destacada em termos de maturidade de governança. E este não precisa ser um projeto isolado de sua organização! Vale a pena considerar o compartilhamento de esforços ou investimentos com os demais integrantes das cadeias de valor.
A EthQuo é especializada em tecnologias para background check, monitoramento de compliance e outras atividades que permitam identificar e prevenir, com efetividade e velocidade, riscos de integridade associados a terceiros em geral, sem a necessidade de grandes investimentos. Se sua organização pretende fortalecer suas práticas de due diligence de terceiros, fique à vontade para nos chamar em contato@ethquo.com. Agradecemos sua leitura e aproveitamos para lhe desejar BOAS FESTAS e um FELIZ ANO NOVO!
Visite o nosso site: www.ethquo.com.
- Publicado a
Notícias Relacionadas
Assembleia Geral da Rede das Câmaras Portuguesas no Mundo
No Dia Mundial da Língua Portuguesa, 5 de maio, a…
NR-1 e Saúde Mental: O Futuro do Trabalho Começa Agora [Mental One]
A partir de 26 de maio de 2025, entra em…
Como é viver no Chiado? Oportunidade de imóvel em um dos bairros mais tradicionais e elegantes de Lisboa [Conexão Europa Imóveis]
Viver no Chiado é respirar história, cultura e sofisticação no…
Em tempos de incerteza, é a qualidade das decisões que preservam o patrimônio [Lifetime Investimetos]
Donald Trump anunciou a cobrança de tarifas adicionais sobre produtos…
‘The Life Curators’ redefine o papel da assistente pessoal: Uma vida organizada, com excelência [The Life Curators]
Em um mundo onde o tempo é o bem mais…
Últimos Dias para Aproveitar o Desconto do Programa EVA! [Virgínia Haag]
Estamos nos momentos finais para garantir sua vaga com desconto…
Como responder a riscos de integridade de terceiros: 4 frentes decisivas [EthQuo]
O ambiente corporativo congrega uma rede de conexões comerciais e…
Novo Empreendimento no Porto: Localização Estratégica com Alto Potencial de Valorização [LCM International Realty]
A poucos metros da emblemática Avenida da Constituição, no coração…
O custo de vida em Portugal mudou: confira as novas atualizações [Atlantic Hub]
Entender o custo de vida em Portugal é um passo…
Penthouse T2 Exclusiva em Portimão : Conforto, Localização e Vista Privilegiada [LCM International Realty]
Apresentamos esta penthouse T2 à venda em Portimão, com 106…
Quando a Luz se Apaga, o Essencial se Revela [The Life Curators]
Na última segunda-feira, 28 de abril, um apagão inesperado afetou…
Educação 4.0: Como a tecnologia está moldando o aprendizado do futuro [Teltex]
A Educação 4.0 representa uma revolução no ensino, integrando tecnologias…