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Saúde mental como pilar ESG: do cuidado à governança [Mental One]

Por Mental One, para o blog da Câmara Portuguesa

 

A pauta ESG — sigla para Environmental, Social and Governance — transformou-se em um dos principais eixos estratégicos do mundo corporativo. Se, num primeiro momento, o foco estava na sustentabilidade ambiental e na ética de governança, hoje uma nova dimensão ganha destaque: a saúde mental como indicador central de sustentabilidade social.

 

Em 2025, falar em ESG sem abordar o bem-estar psicológico das pessoas já não faz sentido. A dimensão “S”, voltada para o impacto social, vem sendo ampliada para incluir temas como saúde emocional, segurança psicológica e cultura organizacional saudável. Empresas pioneiras entendem que não há negócio sustentável quando as pessoas estão adoecendo dentro dele.

 

Essa mudança de paradigma está sendo refletida em relatórios de sustentabilidade e métricas de governança. Organizações globais, como Deloitte, Salesforce e Unilever, começaram a incluir indicadores de saúde mental em suas práticas de ESG — medindo absenteísmo, engajamento, rotatividade e percepção de bem-estar. Mais do que números, esses relatórios traduzem uma mudança cultural: o cuidado com as pessoas deixou de ser um valor abstrato e passou a fazer parte da prestação de contas corporativa.

 

Do conceito à prática: integrando saúde mental à governança corporativa

 

No entanto, o desafio ainda é grande. Mensurar saúde mental exige sensibilidade e metodologia. Vai além de aplicar pesquisas: envolve criar sistemas de governança emocional, com políticas consistentes, apoio psicológico, capacitação de líderes e ambientes de trabalho que favoreçam a segurança psicológica.

 

Integrar saúde mental à agenda ESG também traz benefícios tangíveis. Empresas que cuidam da mente de seus colaboradores fortalecem sua reputação, atraem talentos, aumentam produtividade e reduzem custos com afastamentos. Mais do que isso, demonstram coerência entre propósito e prática — um dos pilares da confiança institucional no século XXI.

 

O futuro das corporações sustentáveis não será definido apenas por metas ambientais ou de compliance, mas pela forma como elas governam o cuidado. Incluir a saúde mental na governança é reconhecer que o ativo mais valioso de qualquer organização continua sendo humano.

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