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Educação e lusofonia – Amílcar Cabral [Colégio Português de São Paulo]

COLUNA - António Montenegro Fiúza - Chief Executive Officer do Grupo Lusófona Brasil

«A nossa própria realidade não pode ser transformada a não ser pelo seu conhecimento concreto». Amílcar CabralA Organização das Nações Unidades apresentou, em 2015, os Objetivos do Milênio, organizados naquilo que é conhecida como a Agenda 2030. Um dos objetivos para o desenvolvimento sustentável das nações é retratado, precisamente, na educação. 

A Educação de Qualidade está refletida no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4 e preconiza, entre outras metas: «assegurar a igualdade de acesso para todos os homens e mulheres à educação técnica, profissional e superior de qualidade, a preços acessíveis, incluindo universidade» e «substancialmente aumentar o contingente de professores qualificados, inclusive por meio da cooperação internacional para a formação de professores, nos países em desenvolvimento, especialmente os países menos desenvolvidos e pequenos Estados insulares em desenvolvimento».

As exigências e demandas do mercado laboral, cada vez mais globalizado, incrementam a necessidade de um investimento sério na Educação, o qual deve iniciar-se no ensino pré-escolar e deve prolongar-se até aos estudos pós-doutorais; os Estados deverão proceder a uma aplicação sistemática, metódica e valorosa, dos seus recursos, quer sejam materiais, financeiros, humanos e infraestruturais, para alcançar os resultados propostos e lograr um desenvolvimento sustentável tendo, como um dos pilares, a Educação.

A contrapor ao reconhecimento de tais necessidades, encontra-se a limitação dos recursos, os quais, em alguns casos podem ser mais escassos que em outros.

A existência de uma língua comum e de um espaço de interculturalidade na lusofonia torna-a um terreno perfeito para que cada nação beneficie dos recursos dos outros países irmãos, nomeadamente através do estabelecimento de parcerias estreitas entre as mais jovens experiências de ensino superior e a longevidade das instituições de ensino superior em Portugal – cuja universidade mais antiga fora fundada em 1290. 

Será, ainda, possível utilizar a proficiência, a nível de investigação e produção científica do Brasil – o qual atingiu os 72 mil artigos, no ano de 2017, às demandas de pesquisa e de estudos acadêmicos em variadíssimos pontos do mundo lusófono, aumentando o impacto e o alcance dos primeiros. 

O intercâmbio de recursos físicos e bibliográficos, a mobilidade de estudantes, docentes e corpo não docente das escolas serão ainda mais coadjuvadas pela utilização das novas tecnologias da informação e da comunicação, as quais, rompidas as barreiras linguísticas, dissiparão alguns limites geográficos.

Fonte: O Imparcial

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