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Tendências Globais em Saúde Mental Corporativa: O Que Podemos Aprender com Outros Países [Mental One]

Por Mental One

 

A saúde mental deixou de ser um tema periférico no mundo corporativo para se tornar uma prioridade estratégica nas empresas mais inovadoras do mundo. Com o avanço de legislações, certificações e políticas de bem-estar emocional, países como Canadá, Reino Unido e Austrália têm se destacado na criação de ambientes de trabalho mais saudáveis, humanos e sustentáveis.

 

Neste artigo, exploramos algumas dessas iniciativas e refletimos sobre como elas podem inspirar o cenário brasileiro — que já começa a dar passos importantes nesse mesmo caminho.

 

Bem-estar como cultura: iniciativas internacionais de destaque

 

Empresas globais têm adotado programas de saúde mental mais estruturados, preventivos e integrados à cultura organizacional. Alguns exemplos:

 

– No Canadá, é comum que grandes empresas ofereçam licenças preventivas para saúde mental, reconhecendo a importância de pausar antes do esgotamento total. O país também lidera com políticas de inclusão e redução do estigma no ambiente de trabalho.

– No Reino Unido, o governo incentiva as organizações a formarem “mental health first aiders” — colaboradores treinados para identificar sinais de sofrimento emocional e oferecer apoio inicial. A iniciativa já é parte do protocolo de muitas corporações britânicas.

– Na Austrália, há certificações como a Workplace Wellbeing Certification, que avalia práticas de saúde emocional corporativa. O país também incentiva políticas flexíveis de jornada, pausas obrigatórias e investimento em programas de bem-estar.

 

Essas ações demonstram que investir em saúde mental no ambiente corporativo vai muito além de oferecer terapia ou palestras motivacionais: trata-se de construir um ecossistema de cuidado, com políticas claras, lideranças preparadas e estratégias de prevenção.

 

Incentivos, leis e certificações: o papel do Estado e das instituições

 

Esses países não avançaram apenas por vontade das empresas. Houve também envolvimento do poder público, que criou incentivos e regulações favoráveis. No Reino Unido, por exemplo, órgãos como o NHS (Serviço Nacional de Saúde) oferecem diretrizes específicas para a saúde mental no trabalho. No Canadá e na Austrália, incentivos fiscais e subsídios encorajam as empresas a implementarem programas estruturados.

 

As certificações internacionais, por sua vez, funcionam como selos de credibilidade e comprometimento. Além de fortalecerem a reputação da empresa, ajudam a atrair talentos e investidores cada vez mais atentos ao fator humano.

 

O Brasil e a NR-1: um passo na direção certa

 

Embora o Brasil ainda esteja construindo essa cultura de forma mais recente, a atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1) é um marco relevante. Ela passou a incluir os riscos psicossociais como parte obrigatória da avaliação de saúde e segurança no trabalho — reconhecendo oficialmente que o emocional também adoece.

 

Essa mudança alinha o país às tendências internacionais, abrindo espaço para que empresas brasileiras desenvolvam políticas integradas de bem-estar, com base legal e foco em prevenção.

 

Oportunidade para empresas que desejam liderar o futuro

 

Empresas que saem na frente nesse movimento têm uma grande vantagem competitiva: atraem os melhores talentos, reduzem afastamentos, constroem ambientes mais produtivos e fortalecem sua marca empregadora.

 

A experiência internacional mostra que o cuidado com a saúde mental no trabalho não é apenas um diferencial — é um pilar de sustentabilidade e inovação.

 

Ao seguir esse caminho com ética, planejamento e compromisso, o Brasil pode não apenas acompanhar a tendência global, mas também liderar novas formas de construir um mundo do trabalho mais humano, saudável e inteligente.

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